Novo álbum de Massive Attack - Heligo Land



Já se encontra o novo álbum de Massive Attack intitulado “Heligo Land”. Pelo pouco que pude ouvir deste álbum, pois ainda não tive tempo para o explorar convenientemente, considero que é um álbum obscuro, de qualidade atenção, embora lhe falte uma certa magia dos tempos do “Blue Lines” ou “Protection”, segue a vertente do EP lançado há uns meses. Como colaborações temos o habitual Horace Andy, a excelente aquisição da Martina, bem como Damon Albarn, Guy Garvey e Tunde Adebimpe. Passando música a música.

O álbum inicia com o que para mim é uma das melhores músicas, “Pray for rain”, com uma melodia hipnotizante na voz de Tunde Adebimpe, e, um surpreendente final, uma espécie de luz ao fundo do túnel num ambiente negro…

A segunda música está ao encargo de Martina, “Babel” permite-nos embalar a cabeça ao som de batidas suavemente aceleradas, no entanto a música contém poucas alterações desde o seu começo, no entanto, ou não fosse seguidor da banda desde 1991, é algo a ouvir.

Entra pela primeira vez Horace Andy, com “Splitting the atom”, música já conhecida do EP, o que que pode dizer é que inevitavelmente, sempre que ouço o Horace Andy vejo imediatamente o “Blue Lines”, mesmo que aqui não exista resquício desse tempo… é uma música interessante, sonorizações de excelente qualidade, mas espera-se sempre por algo mais que não chega exactamente a acontecer…

“Girl I love you”, a segunda e última música de Horace Andy, aqui sim, sem duvida uma das mais fortes do álbum, bem conjecturada de inicio ao fim, é impossível deixar de ouvir esta música, recomendável em qualquer altura, é caso para dizer, F*#@-*&, excelente…

“Psyche”, novamente Martina, interessante, de relevo, a voz magnificente que acompanho desde 1995…

“Flat of the blade” transporta-nos para um outro local, para um outro mundo onde a solidão impera, porém, na solidão reside o âmago das coisas, embora não pareça Massive Attack, gostei…

“Paradise circus”, até ao momento para mim a melhor do álbum, magnifica, simplesmente penso que existem músicas que ficam na mente e que passamos um dia inteiro à espera de poder chegar a casa para ouvi-la novamente, esta música é uma dessas extraordinárias, muito bom…

“Rush minute” dá-nos a sensação de que o tempo voa, 3 D a cantar e digo que embora custe um bocadinho sentir a desenvoltura da música, ela está lá e bem presente, interessante…

“Saturday come slow” com Damon Albarn, uma música fortíssima que quando atinge o seu términos ficamos a desejar mais. Tem picos de verdadeira classe como apenas Massive Attack consegue proporcionar…

Por fim, “Atlas air”, considero que é uma música demasiadamente extensa, são quase oito minutos de experimentação tecnológica recomendável, mas embarca em monotonia, no entanto, bastante recomendável…

Espero que fique o desejo de ouvir este álbum aos leitores, sei que quando lerem poderão julgar que apenas falo bem do álbum, lamento se não consegui a verdadeira imparcialidade exigida, no entanto para amantes do estilo, julgo que quando ouvirem o álbum não ficarão desiludidos… porém não se iludam, não é o melhor trabalho deles, mas a meu ver é extremamente mais bem conseguido do que o “100th Window”, é notória a exploração de outros campos e de louvar a evolução que demonstram. Em suma, um álbum que recomendo vivamente.

Comentários

Skinny disse…
A paradise circus está realmente muito boa. Ainda não ouvi o álbum todo mas vou tratar disso. Abraço
marco costa disse…
eu não consigo sacar!!!! como é possível?!?!?
Skinny disse…
ó trigger... http://www.filestube.com/326634fa566cba5703e9/go.html