And now something completely different…


Estou absolutamente indignado com as boas vindas que deram ao meu amigo Branco. É senso comum (universalmente distribuido como advogou René Descartes) que a divergência de opiniões fortalece a comunicação e acelera a resolução de problemas. Eu humilde ouvinte e espectador de alguns concertos neste périplo (que este ano comemora 15 anos) de norte a sul do país sempre há procura de onde se pode sentir a partilha de alguns fãs perante uma qualquer banda. Irrita-me igualmente a percepção que reina hoje em dia de que os concertos não são partilha e comunhão mas uma simples manifestação monetária de quem pode estar… num limite “wanna be” que está a atingir limites do intolerável. Há tempos atrás na terceira vez que vi Gotan Project (sozinho… e quem me conhece sabe como odeio ver concertos… ir ao cinema… ver teatro… sem no fim poder partilhar o que se acabou de passar com quem mais gosto… isto é convosco família de amigos…) saí com a nítida sensação de que tinha sido roubado emocionalmente por um bando de adolescentes que só entendem o que é ver concertos de 40 minutos em festivais. Neste prisma não podia concordar mais com o meu amigo Branco.
Em relação ao resto respeito o estilo porque nesta democracia perene, baseada em revoluções imaginárias que de facto nunca aconteceram… neste país de sensacionalismos ocos de responsabilidade… neste país da muito propalada ignorância infanto-juvenil… neste país que também somos nós co-responsáveis pela decadência… temos que nos respeitar mutuamente nos gostos, estilos e incongruências. Peço por isso mais contenção… mais tolerância… para todos os que pensam diferente. A liberdade de expressão é exactamente o que estamos a pugnar (alguém me elucide do contrário caso esteja enganado) dentro desta pequenina estante.
Com ataques pessoais e listagens pueris de “modus operandi” não vamos de certeza resolver os problemas e fortalecer amizades. Peço compreensão para que esta situação não se repita…
Como diz o povo “Presunção e água benta cada um toma a que quer”! E nós?

Comentários

João Santos disse…
achei o teu post brilhante Marco.é só.