Uma especie de live pt.3

No Sleep 'Till Brooklin

A primeira edição do festival Oeiras Alive coincidiu com a primeira visita a Portugal dos lendarios Beastie Boys. Como enorme fã de longa data que sou, não podia faltar, e em boa hora compareci. Um palco simples, mas eficaz, com destaque para a mesa de mistura do genial Mix Master Mike (MMM), que mais uma vez os acompanhou e com uma das laterais do palco preparada para os receber no formato instrumental/rock com uma bateria, baixo e guitarra e espaço para os dois convidados, o mesmo percurssionista do novo album a lançar este mes e o teclista Money Mark ( com trabalhos a solo para a editora Mo'Wax ) que tambem participa neste novo trabalho, 'The Mix-Up'.
Intro com MMM sozinho em palco, demonstrando todo o seu virtuosismo, para logo de seguida, envergando fatos e gravatas, Mike D, Ad Rock e Mca finalmente pisarem palcos portugueses ao som de 'Body Movin''. O concerto teve fases de puro hip-hop, como este inicio em que alem da faixa citada tocaram classicos como 'Sure Shot', 'Root Down' ou 'Shake Your Rump', passando depois para uma fase de novas musicas instrumentais intercaladas com antigos instrumentais e temas mais punk/hardcore como 'Though Guy' ou 'Time for Livin'', tudo polvilhado pelo humor sarcastico e tresloucado a que os Beastie nos habituaram. Depois de nova sessão hip-hop old-school, o encore começou com nova sessão de MMM, 'Intergalactic' e novas musicas do novo para tudo terminar em apoteose com o classico maximo 'Sabotage' dedicado por Ad Rock a George W. Bush.
Perfeito.

Nota : Depois das boas indicações dadas nos concertos, as primeiras audições do album de instrumentais 'The Mix-Up' confirmam um belo registo, funky e jazzy. A ouvir, mesmo por quem não gosta deles, que isto é totalmente diferente.


Crispy Bacon / Unreasonable Behaviour

Apenas uma semana depois tive hipotese de finalmente assistir a uma sessão dj do mestre Laurent Garnier de regresso ao Industria cerca de um ano depois. Com a a bonita idade de 40 anos o mestre francês não deixou os seus creditos por mãos alheias, demonstrando que a mestria não tem idade e que continua muito à frente! Passeando com à vontade por varios generos musicais, de techno a house, passando por breaks, dubstep e ate cerca de 45 minutos de muito bom drum and bass de tudo foi possivel ouvir, sempre com uma fluidez e um sentido de dj-set que são admiraveis. Uma lição de como por musica e de falta de preconceitos.
Bravo!

Nota : O meu primeiro contacto com Garnier data de '97 quando comprei o album '30', que festejava a chegada do seu autor aos 30 anos. Dez anos depois, comprovo que era um album visionario, que ainda hoje da cartas, como prova a reação do Industria ao classico 'Crispy Bacon'.

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